quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

“Distância” (16/12/2010)

Hoje a palavra aperta
Como se quisesse machucar
Deixei-te um pedaço
Mas continuo incompleto
Criei fortes raízes
Que não acham terra
Ao resto me despertenço
Na incerteza estabeleci um lar
Tudo aquilo que posso lembrar
São memórias de onde não estou
A poesia se torna uma angústia
Anseio por tudo que é teu
Acordo com diferentes horizontes
Desejando sempre a mesma manhã
Ensinaram-me ser um par
Meus olhos encontram companhia
Aquilo que chamava de amor
Posso chamar de você
E é isso que me falta

Ass: Danilo Mendonça Martinho

5 comentários:

  1. 'Aquilo que chamava de amor
    Posso chamar de você
    E é isso que me falta.'

    Sua ausência foi o que ficou. É isso que me faz companhia quando sinto saudades, quando penso em você, em nós. Me falta você... E isso não há como ignorar.

    Beijos : )

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  2. Ah como faz falta o "você" que todos os dias pulsa em mim. O você que converso, mas que está distante.

    Vazio. Ausência. Saudade!

    Beijos querido... Amo os seus versos...

    Bom natal pra vc

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  3. Eu tenho saudades, mas não ausências.
    Eu tenho lugares, paisagens
    Tenho meia dúzia de composições
    E um coração que pulsa sempre que desperto
    E me vejo com os pés entre a plataforma e o vagão
    ouço o apito e quero viajar
    Ouvir os sons dos trilhos, dos vagões
    Das pessoas que sempre vão para algum lugar
    De mim mesma que mais cedo ou mais tarde
    Desperto em algum lugar onde o silêncio
    parece canção a narrar meus pretéritos

    Bacio carissimo.

    Ps. Que tal participar da coletânia "dias de voar" com seus escritos. Se aceitar é só me enviar cinco poemas. Será um prazer contar com seus escritos. Bacio

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  4. Danilo Feliz Natal pra ti. ;)
    Cheio de Paz, Amor, Saúde...
    E muitas lembranças boas né? rs
    Abração!

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  5. Poeta faz tempo que não venho... A palavra 'apertou' de fato! Respirar dói. Neste, me desvendou. Tive sua companhia e por mais tolo que isto soe, me senti metade alegrada. Estas tuas palavras que volta e meia batem na minha porta!

    Era o amor, que não era algo, era alguém!

    Grande abraço!

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