quarta-feira, 17 de junho de 2015

“Paz de espírito” (04/06/2015)

Por que há tanta tentação no inconsciente
Nossa própria razão lutando contra
Para que tantos desvios
Por que seguir não pode ser natural?
A escolha sempre como esforço
Tudo como superação
Será que faço o que não me é de direito?
Ou o ócio escondeu minha vontade?
Que força é essa que nada quer
Te faz parar e te culpa mais tarde
Que voz é essa que te faz do avesso
Te paira sobre o sonho sem jamais agir
Te traz o desespero do tempo
Coloca em cheque todas decisões

Cansei das tuas propostas
Tenho um bom coração
Quero fazer do corpo uma paz
Que qualquer alma se sinta bem
Mas quero mesmo é liberdade
Para que nenhum pensamento seja ruim
Para vida fluir como inspiração
Não há nada que devo
E há um tudo que posso

Ass: Danilo Mendonça Martinho

segunda-feira, 8 de junho de 2015

“Vigília” (03/06/2015)

Fecho meus olhos e rezo
Talvez medo do fardo
Fé no que se é capaz

Rezo por último recurso
Pois já não sei carregar o corpo
E muito menos completar a alma

É mais humano confiar no outro
Isentar-se da escolha
Esperar a resposta

Mas não o faço por pilhéria
É apenas puro desencontro
Pois não sei onde enterrei a vontade

Sonho em intensidades sem razão
O quão estou distante de mim?
Qual verdade transformei em ilusão?

Rezo ciente do abandono
Deixo a esperança de minha causa
Para encontrar paz em algum outro lugar

Ass: Danilo Mendonça Martinho

segunda-feira, 1 de junho de 2015

“Cansado de querer” (31/01/2015)

Vem sonho, me acorda pelo amor de Deus!
Deixa sentir este amanhã interminável
Que tudo possa ser daqui para frente
Que o fechar dos olhos não seja apenas ilusão

Vamos lá sonho, me acorda e aponta o caminho
Diferencie tudo que posso do que sou
Faça de toda espera este único sorriso
Dê para todo dia o nosso sentido

Por favor sonho, me acorda mas não me enlouqueça
Não faça da noite passada apenas esperança
Não peço certezas apenas um sinal
Conte pelo menos alguma verdade

Sonho, me acorda ou me esqueça
Para que tanto futuro sem realidade
Para que tanta paixão sem palavra
Para que tanto você, se há limites

Ass: Danilo Mendonça Martinho