segunda-feira, 7 de março de 2016

“O bocado de tristeza” (17/02/2016)

Ando às avessas com a vontade. Nada me conquista como o ócio e penso se é tudo que sou. Seria mais fácil aceitar o natural do que imaginar lutar em ser uma esperança ou ideal. Como quero evitar a culpa vou me sentar neste canto, vou suspirar, fazer da melancolia meu encontro já que felicidade não dá para disfarçar. Peço, pois curiosamente o silêncio não nos revela, qualquer coisa que pode ser confundida com algo bom. Eu já estive no melhor de mim, em menos dúvidas, mais coragem, mais fé.....não sei explicar, mas é como eu tivesse mais sentido. Não me leve para sua tristeza, pois não o sou. Estou apenas perdido, talvez a ilusão tenha sido ter direção. Viver é navegar entre estrelas apagadas e bússola quebrada na escuridão. Sem essa bobagem de ir contra a corrente, a gente precisa de vento na vela, vergonha na cara, destino no coração. Na ausência dos três eu espero, quem sabe noutra maré eu me levo, por enquanto serve qualquer lugar. Hoje é tudo que sou. Enganar-se é o primeiro passo para se perder. Sentir tem que ser o tempo todo, até o fim. Chora espelho, desaba corpo, entrega consciente, vocês não precisam mais tentar. Liberdade é não esconder. 

Ass: Danilo Mendonça Martinho

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