quarta-feira, 8 de abril de 2009

"Perspectiva" (29/03/2009)



Quando os olhos saíram da escuridão
O Sol já aguardava entre nuvens
Uma luz inconveniente na janela do trem
Uma verdade que atravessava
Uma alma em transparência
Tentando desaparecer
Em próprios desesperos
Um corpo que já não refletia
Uma noite vagando durante o dia.
Caminhava passos espaçados e ritmados
Alguma canção triste que a mente entoava.
Desistia em cada suspiro.
Os sorrisos eram mais alguns lamentos
Transpunham aquela face desgastada
Insistentemente iluminada.
Uma sombra que não se formava
Um ódio do que sentia
Um amor que amargurava
Uma vida que passeava vazia.

Quando os olhos saíram atravessados
O Sol já desaparecia entre nuvens
Uma luz transparente na janela do trem
Uma verdade inconveniente
Uma alma na escuridão
Tentando enxergar
Nos próprios reflexos
Um corpo já desgastado
Uma noite suspirando durante o dia
Caminhava passos vazios
Alguma canção triste que a mente formava
Desistia a cada desespero
Os sorrisos eram mais amargos
Transpunham aquela face vacante
Insistentemente reconhecida
Uma sombra mal projetada
Um ódio lamentável
Um amor sem ritmo
Uma vida que passeava sentida

Quando os olhos saíram iluminados
O Sol já transparecia entre nuvens
Uma luz atravessava a janela do trem
Uma verdade desgastada
Uma alma que refletia
Tentando se formar
Em seu próprio ritmo
Um corpo que já não sentia
Uma noite lamentando não ser dia
Caminhava passos vagos
Alguma canção triste que desaparecia
Desistia de suas amarguras
Os sorrisos eram mais espaçosos
Transpunham aquela face reconhecida
Insistentemente esquecida
Uma sombra na escuridão
Um ódio sem propósito
Um amor desproporcional
Uma vida que passeava sem destino

Quando os olhos apareceram vazios
O Sol já amargurava entre nuvens
Uma luz sentida na janela do trem
Uma verdade que não se formava
Uma alma iluminada
Tentando desgastar
Em próprios lamentos
Um corpo que apenas suspirava
Uma noite entoada durante o dia.
Caminhava passos espaçados e ritmados
Alguma canção triste que vagava na mente.
Desistia em cada reflexo.
Os sorrisos eram mais algum desespero
Transpunham aquela face que desaparecia
Insistentemente transparente.
Uma sombra que atravessava
Um ódio inconveniente
Um amor que aguardava
Uma vida que passeava na escuridão.

Ass: Danilo Mendonça Martinho

Nenhum comentário:

Postar um comentário