domingo, 23 de novembro de 2014

“Porto” (20/10/2014)

Foi como chegar de uma viagem sem precisar partir. Descarregar nossas roupas, nossas coisas e nossa vida. Tons de felicidade que não conhecia. Não era simplesmente o sorriso, nem era o abraço, era algo mais interno, completo e pleno, um encontro com o futuro, a sensação de viver um sonho, de ser feliz sem nenhum esforço. Estávamos em casa, pela primeira vez. A noite não era a mesma, as luzes ligadas davam um tom de permanência e ouvia o chuveiro ligado do sofá, via a cidade no horizonte e ajeitava nossos pertences, arrumamos a cama e na penumbra da sala olhava pela janela todos meus próximos dias. Faz alguns dias que não me sinto bem, que desenvolvo um pouco de frustração e melancolia, que a realidade me fatiga e me arrasto, o alívio me era raro. Mas quando chegamos meu coração se encheu de esperança, viu todos motivos para seguir. Guardei na minha alma o lugar que poderei fechar os olhos e lembrar toda vez que precisar fugir. Amor, somos um lar.

Ass: Danilo Mendonça Martinho

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