quinta-feira, 4 de outubro de 2012

“Pertencer” (25/09/2012)

O corpo pode correr em círculos
Saborear o amargo mais de uma vez
Abraçar a dor no travesseiro
Respirar fundo sem escapar
O nosso corpo aguenta
A alma é o nosso limite
Lá a vida perde a cor
A vontade dissipa no ar
Toda alegria fica escassa
Todo passo vira abismo
A alma grita
O corpo pode ser indiferente
Conviver sem amizades
Silenciar sem sufocar
Atravessar o dia sem ser notado
O corpo pode vagar vazio
A alma precisa do que a complete
Pede um propósito para vida
Coloca um sonho no horizonte
Insiste na felicidade que não conhece
O corpo não sabe seu lugar
A alma tem endereço

Ass: Danilo Mendonça Martinho

3 comentários:

  1. A alma move o corpo e se a alma está cinzenta o corpo vai abaixo juntamente com ela.

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  2. Mas essa ideia de pertencer me parece tão monstruosa às vezes.

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  3. O corpo da palavra fronteiriça se alegria chega de viagem ao coração.

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