Há coisas que só digo para mim. Não que precisasse dizê-las, já que posso apenas pensar. É que falar formaliza as coisas de um jeito para poder organizá-las e então entender. Mas é provável que se me calasse, ainda sim me entenderia. O que digo para mim mesmo parece ser secreto, tem ares de sagrado. Desconsidera que qualquer um, mais disposto e atento, pode perceber o que não digo. Talvez muitos sem muito esforço conheçam o que chamo de segredo. Fico aqui a proteger palavras que são públicas, que podem encontrar um par. O que digo no meu silêncio, guardo para quem? O que são essas coisas que ninguém pode saber? Parece que são exatamente as coisas que nos diferenciam, tudo que nos é único, escondido em palavras ditas na solidão. Quem sabe todo diário exista para ser lido e que façam isso a tempo para descobrirem a pessoa maravilhosa que podemos ser.
Ass: Danilo Mendonça Martinho
O segredo, sim, o segredo.
ResponderExcluirO que seria de nós sem os códigos ou palavras?
Foi necessário na idade da pedra, os primeiros rabiscos para haver comunicação.
Foi a necessidade de se fazer compreender, de manifestar nossos desejos...buscamos o reconhecimento da identidade através da comunicação, assim servem como instrumentos deste reconhecimento da identidade nossos poemas, nossos textos, nossas prosas, nossas mensagens partilhadas... o problema é que, mesmo com todas as formas de nos comunicar, ainda sim, não conseguimos nos comunicar por completo...falta, ainda.Ainda, com todos os recursos, não nos sentimos de todo pleno e compreendidos, até porque ainda não nos descobrimentos ,até o último suspiro, podemos nos surpreender com nós mesmos, por isso essa insatisfação permanente, mas é a própria insatisfação que nos faz caminhar.beijos
Gostei da reflexão, primeira vez que apareço por aqui... Tudo tão bonito, como os fragmentos da sua page (que acompanho faz tempo alias). :)
ResponderExcluirObrigado Hellen, por todo prestígio.
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