segunda-feira, 30 de julho de 2012

“Auto condenação” (19/07/2012)

O horizonte se fecha
O vento espalha o frio
O galho seco se quebra
Nada vale o meu lamento

As paredes me cercam
A cama me recolhe
A vida me esquece
Foram minhas escolhas

Sou pedaço arrancado
Sou carta fora do baralho
Sou alma sem lar
Meus amores derreteram

O que criei no espelho?
O que reflete lá fora?
O que sobrará da ideia do “eu”?
Respiro no auge da exaustão

Arranco suas raízes
Despejo seus versos
Dispo-me dos quereres
Pedindo para que me salvem

Se me resta ser culpado
Que o dia gentil me arraste
Farei meu apelo no amanhã
A última instância da esperança


Ass: Danilo Mendonça Martinho

6 comentários:

  1. Escolhas são passos, mesmo que achemos errados, sem elas não mudamos.

    Somo todos culpados, de viver.

    Abraços poeta!

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  2. "Viver é um dia sem culpa"..a vida nos esquece, mas nos lembramos sempre dela.beijos

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  3. Tudo é o jeito como vemos. Não desista de ver as coisas pelo lado bonito, por mais difícil que seja.

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  4. Não se esquecer da vida, só pra esperança viver...
    Bjos

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  5. O destino e refletido de nossas escolhas. Não carece da desistência de si mesmo, só apenas se decidir ser desiludido de uma vida inteira.

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  6. A esperança deve estar no amanhã, mas não deixe para viver depois...
    Beijo doce.

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