quinta-feira, 29 de março de 2012

"Um dia" (27/03/2012)

Que saudade do profundo deste céu
Levando os pensamentos para longe daqui
O desenho de nuvens esparsas
Sobre esta realidade acinzentada
A janela do trem chorava
Outras vezes se abria
Sobre o mesmo caminho passava
Sem desvios ou rimas
O corpo andava estático
Por impulso do mundo
Em uma espera infundada
Fechava os olhos na saída do túnel

Entre os prédios rachados
Os carros sem rumo
As luzes apagadas
Os corações vazios
Olhava o horizonte
Achava um sorriso

A esperança é o improvável sentimento
Da felicidade que ainda não existe

Ass: Danilo Mendonça Martinho

6 comentários:

  1. gosto de sua poesia
    concreta e iluminada

    beijao

    ResponderExcluir
  2. A esperança é quando acreditar se encontra no horizonte.

    ResponderExcluir
  3. A esperança é flor que nasce no sertão de nós.

    Beijos, poeta!

    ResponderExcluir
  4. Um pouco melancólica, do que já havia lido por aqui. Ainda assim viva, como as demais. abs

    ResponderExcluir
  5. Há de se inventar uma paisagem quando permanece um retrato, em falta, e a vida... Por dentro, mais alguém, tão só.

    ResponderExcluir