terça-feira, 10 de janeiro de 2012

“Paixonite” (03/01/2012)

Há um poema dentro de mim. Destes de marejar os olhos, de sentir orgulho. Só pode ser um poema de amor. Detalhando os caminhos pelas cicatrizes e encontrando algo desacreditado, um sonho sem visitas, tua verdade mais bem protegida. O poema mistura versos e prosa despreocupado de rimas e intenso na escolha das palavras. Sim, falará dos beijos molhados e dos corpos livres. Mas também vai lembrar da primeira carta guardada no criado mudo, próximo da nossa fé. Vai lembrar do olhar debaixo da chuva. Provavelmente descreverá a beleza de um ponto de vista totalmente parcial. Ele carrega a minha palavra mais preciosa e um ponto final elegante. Completa os sentidos que deixei pelo caminho, refaz meus passos por tudo que aprendi, abre os braços para tudo que não sei. Será uma composição que não saberei reproduzir, única, de forma bruta e deverá permanecer em palavra. Um poema que sussurra, mas não quer sair. Está a espreita de um raiar de Sol mais adequado. Ele é muito natural, mistura estrelas e flores com sentimentos. Quase tem cheiro. É um horizonte preenchido, uma paz conquistada, uma rima com o “você”.

Estou perdidamente apaixonado por tudo que ainda é silêncio.

Ass: Danilo Mendonça Martinho

8 comentários:

  1. Danilo, o silêncio hoje me atordoa, parece querer-me falar algo que não consigo escutar...como os mudos não escutam, mas não é por falta de voz.
    Sinto que o outro fala comigo, mas não o compreendo direito...o ser humano é muito complexo, não conseguimos escutar toda sua sinfonia.Acredito que estaremos aprendendo a amar o amor, enquanto não conseguimos escutá-lo por completo.
    Abraços,

    Luana Barcelos Dantas

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  2. Esse poema que está dentro pode ser lido baixinho? Lendo que falava dele escuta-se o coração seu, num suspiro.

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  3. O facebook não me deixou compartilhar alegando spam.

    É incrível ver como o amor factual mudou o tom em você. E só faz melhor que antes, desde que começou a escrever, admirável.

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  4. Linhas paralelas que se encontram no infinito!

    Que saudade daqui!

    =)

    Um beijo, poeta!

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  5. Poeta,

    Esse silêncio é o meu grito. Porque "há um poema dentro de mim. Destes de marejar os olhos". E eu vou tecendo esse poema com o Amor nos olhos e no coração. E cada palavra sussurrada em minha alma se transforma em uma vontade. Assim...

    LINDO!

    Beijo para o poeta que vê o mundo do alto de sua colina. E vê até o imperceptível.

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  6. Por vezes o silêncio é uma forma de dizer.
    Há o que não cabe no conceito das palavras.

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  7. Que lindo isso, poeta!

    Viva a paixão!!

    Beijo carinhoso!

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  8. E tudo surge no silêncio e se faz quando, para ti, canta.

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