quarta-feira, 28 de novembro de 2018

“Contornando” (18/11/2018)


A vida é cheia de limites
Não é mesmo
Os sentimentos no caso
São os contornos da alma
Eu também queria aprender a fugir
Do que se carrega no olhar
Mas no fim só me resta confessar
A esperança não é minha

Essa é a mais nova fronteira
O ímpeto, a coragem, a felicidade
São visitantes que se esgotam
O cansaço que se projeta no corpo
Não se compara com o que esconde a face
Neste oceano que é viver
Ninguém escapa das tempestades

Trancado aqui dentro
O sonho esmaece em um suspiro
A alegria não equilibra o peso
O tempo escorre como se fosse findar
Por que não jogar as âncoras?
Por que não se entregar ao mar?

Mas quem superou os limites
Quem continuou mesmo avisado
Quem amou mesmo sem carinho
Que fez pela primeira vez
Descobriu na insistência
Temos que ser mesmo depois da esperança

Ass: Danilo Mendonça Martinho


Nenhum comentário:

Postar um comentário