terça-feira, 11 de setembro de 2018

“O Tempo das Coisas” (02/09/2018)

As coisas não tem idade
Elas vivem da lembrança
Dos laços que criam
Dos momentos que compartilham
Algumas passam de mãe para filha
Outras tantas de irmão para irmão
Elas podem vencer o tempo
Mesmo que mudem nome e utilidade
Sua única ligação é o sentimento
As coisas apenas estão
Algumas, privilegiados monumentos
Outras clipses em documentos
Cartas em uma caixa de sapatos
Guarda-chuvas perdidos no metrô
As vezes parece um trapo velho
Mas carrega todo nosso coração
O que as coisas apenas temem
Talvez como todos nós
É desaparecer na memória
Aos poucos se desfazer no tempo
Perder a consciência de existir
Mas isso não é uma escolha
E mais do que esquecer e lembrar
Precisamos nos preocupar em viver e sentir

Ass: Danilo Mendonça Martinho

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