quarta-feira, 13 de março de 2013

“Apenas, um ensaio”

O apenas reduz tudo a sua mais ínfima parte. Simplifica e menospreza. Desmorona argumentos, apressa o tempo e faz até um sentimento caber em menos que um suspiro. É uma palavra que se reduz a um único e mais nada, uma palavra, poderiam dizer, que fez uma escolha. Ela é. Ao se deparar com algo tão irredutível muitas questões são levantadas e nos vemos desafiados. Nada pode ser apenas. Tudo precisa de inúmeras razões, tudo está sujeito a um ponto de vista, tudo por menor que seja é uma chance entre várias. Mas tudo apenas aponta direções, alcança o mundo em um único abraço, te dá a visão sem o caminho. A ideia que algo seja apenas é plausível, pois ele também é completo. Apenas não é limitar, é desenhar os contornos do que somos. Não é ser tudo, é ser todo, quantos podem dizer isso? Talvez este seja o motivo desta palavra ser tão inquieta, ela carrega um pouco de nossos sonhos. Pode parecer desconsideração, mas ela, como nós, que ser simples. Simplesmente viver, simplesmente querer, simplesmente amar. 

Ass: Danilo Mendonça Martinho

5 comentários:

  1. O apenas ser, deveria bastar.

    Abraços poeta.

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  2. Danilo, sempre achei o "apenas" uma palavra maldosa, eu mesma a aplico , quando quero simplificar algo no meu trabalho, mas, no fundo sei que não é tão simples, e me sinto uma hipócrita utilizando essa palavra, nos concursos públicos, o apenas é pegadinha.Sim , há muito a se refletir sobre essa palavra...beijos

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