segunda-feira, 15 de junho de 2009

“Meu Norte” (05/06/2009)



Encontro-me com uma folha em branco
No esforço de uma Lua cheia
Ponderando a calmaria dos oceanos
Desconhecendo as palavras que quero registrar
Farei disto alguma eternidade?

Não posso chamar nada de meu
Se for necessário abro mão de cada verso
Satisfaço-me com toda sua inspiração
De nada adianta suas dúvidas e questionamentos
Já desisti de qualquer razão

Confesso: Sou testemunha de um sonho
É possível que nem seja meu
Por isso observo com todos os cuidados
Mas lhe admiro sem nenhuma descrição
Seria uma pena acordar agora, mas não em vão

Acomodei finalmente entre as linhas
O desejo consumidor pelas letras
O grito em silêncio desta alma
Que inquieta-se a beira da vida
Precipitada em forma de poesia

Não tenho coragem para uma conclusão
Deixei ao pé da areia o caderno aberto
A maré há de subir e nos levar
O oceano ainda permite uma escolha
Guardar ou não...forças para voltar.

Ass: Danilo Mendonça Martinho

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