Paisagem corriqueira
Cheia de aliterações no horizonte
Parecem se encontrar com meu nariz
Um infinito incerto
Meus sonhos que insistem
Sorrir de olhos abertos
Querer além do óbvio
Entender o que não me diz
Talvez caia a noite
Ultrapasse-me a idade
Mas voltarei ao parapeito
Para mergulhar na tua alma
Descobrir no teu silêncio
O que perco na palavra
O sol voltará a nascer
Por trás de toda tempestade
Desafiando tudo que é concreto
Então deixarei minha janela
A procura de quem sente
Almas que ainda derretem
Corações que ainda abrem
Poesias que precisem de fim
Ass: Danilo Mendonça Martinho
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
quarta-feira, 22 de dezembro de 2010
“Distância” (16/12/2010)
Hoje a palavra aperta
Como se quisesse machucar
Deixei-te um pedaço
Mas continuo incompleto
Criei fortes raízes
Que não acham terra
Ao resto me despertenço
Na incerteza estabeleci um lar
Tudo aquilo que posso lembrar
São memórias de onde não estou
A poesia se torna uma angústia
Anseio por tudo que é teu
Acordo com diferentes horizontes
Desejando sempre a mesma manhã
Ensinaram-me ser um par
Meus olhos encontram companhia
Aquilo que chamava de amor
Posso chamar de você
E é isso que me falta
Ass: Danilo Mendonça Martinho
Como se quisesse machucar
Deixei-te um pedaço
Mas continuo incompleto
Criei fortes raízes
Que não acham terra
Ao resto me despertenço
Na incerteza estabeleci um lar
Tudo aquilo que posso lembrar
São memórias de onde não estou
A poesia se torna uma angústia
Anseio por tudo que é teu
Acordo com diferentes horizontes
Desejando sempre a mesma manhã
Ensinaram-me ser um par
Meus olhos encontram companhia
Aquilo que chamava de amor
Posso chamar de você
E é isso que me falta
Ass: Danilo Mendonça Martinho
quinta-feira, 16 de dezembro de 2010
“Título” (09/12/2010)
Não quero estar sozinho
Quero afagos
Mão, beijos e abraços
Um corpo
A estrofe completa
Preciso de rima
Do teu enredo
A companhia pro verso
Um segundo de compreensão
Uma compaixão pela solidão
Teu pé do ouvido
E o entrelaçar dos dedos
São mais do que as aspas
É o teu coração
Saber sem dúvidas
Que serei teu único
Ass: Danilo Mendonça Martinho
Quero afagos
Mão, beijos e abraços
Um corpo
A estrofe completa
Preciso de rima
Do teu enredo
A companhia pro verso
Um segundo de compreensão
Uma compaixão pela solidão
Teu pé do ouvido
E o entrelaçar dos dedos
São mais do que as aspas
É o teu coração
Saber sem dúvidas
Que serei teu único
Ass: Danilo Mendonça Martinho
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
“Não há” (04/12/2010)
São os vazios nos olhos
Os anéis nos dedos
As friezas dos corpos
A palavra que se perde
Na falta da poesia
Na impossibilidade do contato
No vácuo das almas
O verso não rima
A canção silencia
Uma disritmia sentimental
Uma mente que não pertence
Ao poema que me desfaço
Ass: Danilo Mendonça Martinho
Os anéis nos dedos
As friezas dos corpos
A palavra que se perde
Na falta da poesia
Na impossibilidade do contato
No vácuo das almas
O verso não rima
A canção silencia
Uma disritmia sentimental
Uma mente que não pertence
Ao poema que me desfaço
Ass: Danilo Mendonça Martinho
quinta-feira, 9 de dezembro de 2010
“P.B.” (26/11/2010)
Hoje acordou tudo cinza
Lágrimas sem sal
Debutavam em meu jardim
Parti em meio ao lamento
Nos caminhos da solidão
Visitei as lembranças
Sobras das presenças
Debrucei sobre o amor
Em uma melancolia a dois
Desisti do nascer da flor
E naquela verdade
Padecia toda cor
Quando voltei à janela
Compartilhava a dor do mundo
Chovia em um inverno
Desejando nascer na primavera
Ass: Danilo Mendonça Martinho
Lágrimas sem sal
Debutavam em meu jardim
Parti em meio ao lamento
Nos caminhos da solidão
Visitei as lembranças
Sobras das presenças
Debrucei sobre o amor
Em uma melancolia a dois
Desisti do nascer da flor
E naquela verdade
Padecia toda cor
Quando voltei à janela
Compartilhava a dor do mundo
Chovia em um inverno
Desejando nascer na primavera
Ass: Danilo Mendonça Martinho
segunda-feira, 6 de dezembro de 2010
“Calado” (21/11/2010)
Não me atreveria
Repetir tais pesares
Não passariam a garganta
Arranharia minha alma
Reservo meu silêncio
Garantindo esta inércia
Construindo um vazio
Abandonando a verdade
Preservo a muralha
Fronteiras do que sei
Sentimento que vou omitir
Conhecerei a dor da partida
Assistirei nascer a solidão
Quem sabe...conseguir esquecer
Ass: Danilo Mendonça Martinho
Repetir tais pesares
Não passariam a garganta
Arranharia minha alma
Reservo meu silêncio
Garantindo esta inércia
Construindo um vazio
Abandonando a verdade
Preservo a muralha
Fronteiras do que sei
Sentimento que vou omitir
Conhecerei a dor da partida
Assistirei nascer a solidão
Quem sabe...conseguir esquecer
Ass: Danilo Mendonça Martinho
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
“A voz do coração” (19/11/2010)
Quero tirar algo de mim
Uma substância sem nome
Uma vida impaciente
Alguma aflição solidária
Quero desmanchar a imagem no espelho
Desconstruir minhas verdades
Apagar meus rascunhos
Restaurar nosso universo
Quero arrancar cada verso
Como se impresso na alma
Abrir mão da palavra
Para que encontre sentido
Quero me desfazer
Definhar pelos dedos
Sofrer pelo grito
Chorar pelos teus olhos
Quero me encontrar em ti
Devolver-te as sensibilidades
Que embriagaram meus deveres
Que apagaram os rastros do caminho
Quero transferir tua morada
Para um coração corriqueiro
Um olhar apaixonado
Disposto a assumir tua falta
Quero deixar-te
Em uma palavra que ecoe
Abandonando meu corpo
Nos suspiros que te confesso
Quero tirar algo de mim
Não me importam estruturas
Clássicas ou românticas
Só não posso mais calar-te
Ass: Danilo Mendonça Martinho
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