segunda-feira, 29 de agosto de 2016

“O silêncio da noite” (01/08/2016)

Ó céus,
Quando voltará a estar sobre minha cabeça?
Quando essa personificação de Atlas terá fim?
Pelos caminhos que me arrasto há saídas?

A esperança que me enviou não me distraí
O sonho que me acordou sempre se desfaz
A vontade.....desapareceu e não volta mais

Ó céus, como me cansa!
Esses dias que só empilham promessas
Os desprazeres dessa cobrança
Essa angústia que não tem pressa

A verdade que me contam é crua
É meu próprio corpo que é inércia pura
A felicidade está perto, mas está muda

Ass: Danilo Mendonça Martinho



sábado, 20 de agosto de 2016

“Dúvida” (26/07/2016)

Hoje estou as avessas com a esperança
O peso do corpo não compensa o da alma
Ignorei o alarme e o vazio da cama
Olhei bem meu sonho, sem saber o que era verdade
De olhos fechados arquitetei bobagens
Trocar o canal dá impressão de controle
A vida poderia se reduzir em um único ato
Mas tem conta em cima da mesa
A culpa debaixo do travesseiro
O tempo que te arrasta pelos deveres
O mundo segue, mesmo sem vontade
Posso fechar a porta mas o coração continua aqui dentro
Contando mil histórias de um amanhã
Nesse eterno talvez que ou me mata ou me abandona

Ass: Danilo Mendonça Martinho