Algumas vezes cansa
Dá vontade de não querer
Deixar a correnteza levar
Usar a mente para esquecer
Decidir que tudo tanto faz
Ser comum a ponto de se perder
Largar o corpo no sofá
Se imaginar nos heróis da TV
Deixar a louça para amanhã
Ficar de pijama até feder
Pedir comida para entregar
Dormir quando te lembram o que fazer
Sentir o coração amargurar
Assistir o amor se desfazer
No infinito de um tempo não se preocupar
A liberdade de não reconhecer
Será que inertes o suficiente
Diminuídos e encolhidos
No escuro de um quarto
Escapamos de algo?
Estaremos protegidos de quê?
É que algumas vezes, simplesmente
cansa
Ass: Danilo Mendonça Martinho
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