A palavra se precipitou
Entregou a verdade
Nas mãos da ilusão
Passou seca pela garganta
Desaguou em desespero
O sentimento mora perto
A tragédia é diária
Corpos alheios do contato
Ruas cheias de objetos
Mas nenhuma revolta
Tudo já virou paisagem
Desde a alegria até a miséria
A palavra também abriu mão
A fé no que é humano
Sobrevive ao jornal na TV
Ao tiroteio no cruzamento
À fome do concreto
À sede pelo poder
Até que a última voz se renda
E não exista mais porta para bater
Ass: Danilo Mendonça Martinho
Lindos poemas. Parabéns :)
ResponderExcluir"Até que a última voz se renda
ResponderExcluirE não exista mais porta para bater"
Continua manchetes... movimentos acelerados mostram estranhamente lentos.
Sempre belas palavras
Grata!
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ResponderExcluirLutemos, poeta, contra a 'paisagização' de tudo, lutemos!
ResponderExcluirM.
Quando a palavra morrer, nada mais será manchete.
ResponderExcluirAbraços poeta!