quinta-feira, 9 de agosto de 2012

“Escola” (30/07/2012)

O nosso espelho envelhece
O sonho já não dorme
As paredes agora falam
A alma tranca a porta

Quando a dor arranha a pele
É preciso que sempre chova
Somos muitas coisas antes da cicatriz
Somos irreconhecíveis depois dela

O amor vai suspirar lá fora
A felicidade esmaecer na lembrança
O olhar adotar o silêncio
Viremos a velar a palavra

Num mundo desprovido de cor
O sorriso se confunde na paisagem
Como acreditar no horizonte
Sem diferenciar a tristeza da alegria

O sonho é como o vento
Não se vê, mas se sente
As vezes fica sem soprar
Mas ele sempre volta

É preciso se reeducar a chance
O coração as vezes azeda
Mas jamais estraga
A vida é sempre possível

Ass: Danilo Mendonça Martinho

6 comentários:

  1. Que a vida seja sempre possível, com seus vários tons, dons...aquarela!
    Bjos

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  2. Belíssimo e verdadeiro poema. Beijos!

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  3. "Num mundo desprovido de cor
    O sorriso se confunde na paisagem".
    É preciso ter cor...ter amor, ter emoção, ter sabor, caso contrário, a vida fica preta e branca, fica neutra, vira pedra.beijos

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  4. E seguimos aprendendo, e relembrando, que será sempre!

    Abraços e uma ótima semana!

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  5. Parabéns. Gostei muito do seu blog e particularmente deste poema :)

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