segunda-feira, 18 de junho de 2012
“Volta e meia” (06/06/2012)
Faz tempo que não visito as palavras que condensam as dores em gotas de chuva. Tem me passado em silêncio a melancolia. Como se o amor pudesse realmente sobrepor a todo resto. Mas os céus ainda choram e as folhas ainda despencam. O concreto pode até não invadir a chama, mas revoga inúmeros abraços. Essa vida dói e contrai nosso âmago seja felicidade, sejam as tristezas. Ela está aqui para te fazer sentir sem meios termos. Nada menor que seu melhor te fará sobreviver aos invernos. Sem o amargo não se reconhece o doce e esse caminho poderá lhe parecer, mais de uma vez, o errado. Apenas faça da escolha algo teu. É provável que o outono venha despetalar teus amores. Uma raiz falsa só trará mais dores para arrancá-la. Meu conselho aos olhares que contemplam a vida escorrer melancolicamente pelo mundo gelado, é: plante bem esta tua solidão e , com um pouco de sorte, não haverá espinhos na primavera.
Ass: Danilo Mendonça Martinho
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Plante sem pressa, o que é bom e duradouro nasce aos poucos. Bela reflexão poeta.
ResponderExcluirConselho acolhido na alma!
ResponderExcluir"Sem o amargo não se reconhece o doce". Sábias palavras, meu caro!
ResponderExcluirAdoro seus textos e peosias...beijos
ResponderExcluirGostei :)
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