segunda-feira, 25 de junho de 2012

“Portos e Tempestades” (22/06/2012)

Despencam os raios sobre a vida
Tudo parece tão longe
Nosso passado se mistura na chuva
É sentir sem lembrar
Eu sei o quanto doeu
Só não sei descrever seu lugar

Certas coisas viram paisagem
Presas numa parede inerte
O mundo agora só passa
Desde quando ancoramos nossos pés
Hoje a maré só traz
Aprendeu o caminho de casa

Não voltarei a navegar sozinho
O norte será nosso
Enfrentaremos o futuro revolto
Descobriremos outras felicidades
Abraçaremos o amanhã incerto
Faremos do coração morada da alma
Não voltarei a soltar tua mão

Ass: Danilo Mendonça Martinho

4 comentários:

  1. A chuva dissolveu a minha poesia. Afoguei-me nas palavras. Perdi o rumo e o prumo da minha história. Jamais encontrei a mão dela. Morri agarrado, não a minha jangada, mas ao meu medo de ser feliz.

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  2. Sempre bom viajar acompanhado, com o coração cheio de bagagem.

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  3. Gosto de passar por aqui. Leio, em silêncio.

    Não tenho visitado tantos blogs, quase nenhum, na verdade... Mas, é fato que esta postagem me chamou atenção. Pelo título. As tempestades...

    E mais um texto entre os melhores. Não sei descrever o quão profundo isso foi. Em mim.

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  4. No navegar, também há o ancorar e partir, mas como é bom navegar juntos.

    Abraços

    Obs.: Essa semana sai aquele post Baixo :)

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