segunda-feira, 28 de maio de 2012
“Subterrâneo” (28/05/2012)
Aqui a vida passa
Não carrega nem leva
Passa
Comboios de destino
Sugados de vontade
Ausente no espaço
Presença não é só corpo
Murmúrios de lamentação
Mas nenhuma voz se levanta
Passivos do que os guiam
A luz não ilumina o horizonte
Todos satisfeitos com esse agora
Histórias nos reflexos dos vidros
Namoros de olhos desencontrados
A investigação sobre o outro
A surpresa de ser, também, observado
Cabeças a meia altura
Fogem do resto como de si
Ombros arqueados pelo tempo
O verdadeiro cansaço te acorda
Venceu teus sonhos
Como é difícil nascer nesse concreto
Mas se não há alma que tente
A vida passa sem desembarcar
Ass: Danilo Mendonça Martinho
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"Como é difícil nascer nesse concreto
ResponderExcluirMas se não há alma que tente
A vida passa sem desembarcar"Amei!!!
Há quem só olhe e há quem consiga ver, além.
ResponderExcluirA vida é um banco de areia no mar do tempo...
ResponderExcluirPoeta!
ResponderExcluirPerfeito:
"Aqui a vida passa
Não carrega nem leva
Passa
(...)é difícil nascer nesse concreto
Mas se não há alma que tente
A vida passa sem desembarcar"
E por ela passar, breve, ligeira e apressada, é que devemos lhe atribuir alguns significados, senão, torna-se um imenso vazio, sem nome, sem cor, sem poesia.
Como sempre, sábio, o poeta que vê o mundo girar do alto da sua colina...
Beijo
A vida que o poeta desespera repetirá viva entrelinhas.
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