quinta-feira, 17 de maio de 2012

“Expirando-se” (14/05/2012)


A carapuça serviu
Como máscara de baile
Acostumou-se com a fantasia
As paixões que ardem
Os contos que acordam
Veste-se esse sorriso barato
Despe da realidade vigente
As verdades e a razão
O lógico e o possível
O só se tornou todo
Como se não pudesse ser mais nada
Abandonou a si no espelho
Saia com a roupa de outro
Abria jornais os quais não lia
Dormia sobre sonhos desconhecidos
Passos sem caminho
Mandava cartas para si
Nunca chegaram
Mudou-se de alma
A existência lhe ficou vacante
A insensatez é humana
Que ao sentir abdica do “eu”
Mesmo fazendo parte do “nós”

Ass: Danilo Mendonça Martinho

2 comentários:

  1. Primeira vez no seu blog. Lindas poesias. Quando se ama há uma doação do eu para pessoa amada. Belo poema. Beijinhos e seguindo o seu blog.

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  2. Isso que revirou não cabe mais em ti, pois que escreveras e deixou ao testemunho das palavras o tempo que mesmo esperado já houve desamparado.

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