segunda-feira, 31 de outubro de 2011

“Fato Consumado” (13/10/2011)

Duas almas na incerteza do amanhã
A beira da impossibilidade do “nós”
Tatearam as saliências de seus corpos
Salivaram desejos por toda pele
Descobriram os limites do prazer
Para abandonar todos os pudores
Mergulhados na satisfação mundana
A simplicidade da nudez
O primitivo instinto de querer mais
Abstinência do tempo pelo eterno
As marcas dos arranhões nas costas
A paixão maior que a razão
Saciar a chama até o último fôlego
Traíram as certezas do futuro
Ao consumar a vida com o agora

Ass: Danilo Mendonça Martinho

6 comentários:

  1. Belo, amigo!
    Erotismo racional. Que bom que o consegue rs
    Um ótimo trabalho!
    Abraço!

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  2. Poeta,

    Esse é... Sabe, não há nada melhor do que "consumar a vida com o agora". É a lembrança mais verdadeira e significativa, porque estamos lá, tocando e sentindo.

    Beijos

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  3. Essa incerteza é o fato que habita os corações dos amantes, mesmo que seja para amar a vida. Versos lindos, como sempre. Beijos.

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  4. Poeta, tomei emprestado um verso. Espero que não se aborreça comigo. E claro, adicionei um link direto para cá. Amo esse espaço e quero compartilhar isso! E acho que você já sabe...

    Beijos.

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  5. Juntos, desejos reunidos, pedaços de ser que se comungam. Ler perfaz um prazer contigo.

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  6. Sempre sensível ao extremo, poeta...

    Não temos nada além na vida do que fatos consumados!

    Beijos!!

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