segunda-feira, 10 de outubro de 2011

“Anti-herói” (14/09/2011)

Rasgam mais algumas palavras
Sentimentos largados no chão
Toda voz parece embargar
Mais infâmias sobre o amor
O coração anda sofrendo
Facilitaram as distâncias
Subiram-se paredes de concreto
O tempo virou efêmero

Olho ao redor nas entrelinhas
Há tantos porta-vozes do sentir
Tanta alma em carne viva
O amor escapa pelas entranhas
Invade toda prosa
Vira arma na mão do rancor
Razões de uma emoção
A verdade de um passado
Dissipada no presente

Somos o século do absoluto
Uma geração cheia de certezas
Que definiu o amor
Decidiu tudo que é justo
Sabe apontar o dedo na cara
Desaprendeu a olhar no espelho
Reflexos do que negamos

O amor sofre em nós
Mas jamais foi nosso
Não faça dele um mártir
Vítima das nossas expectativas
Como tudo que aqui nasce
Ele tenta...e também falha
Nobre é admitir-se vil

Ass: Danilo Mendonça Martinho

6 comentários:

  1. Linhas escritas com verdade. O mundo constrói paredes ao invés de pontes.
    Nas (in)certezas mora o possível, e o que não for, que encontre paz.

    ResponderExcluir
  2. Amar é trabalhoso, mas a vida só faz sentido com a luta.A vitória ou a derrota está nas mãos de Deus (Neuma Lúcia)

    Beijos,

    Luana Barcelos

    ResponderExcluir
  3. O amor sofre em nós.

    Danilo, como é maravilhoso seu blog! Como o mundo precisa de sua poesia!

    Necessito de seu livro, agora!

    ResponderExcluir
  4. Entre idas e vindas
    O amor resiste

    Beijos, boa noite

    ResponderExcluir
  5. Os anti-heróis, para mim, são os verdadeiros vencedores... os que trazem significado à vida!

    Beijos, querido!!

    ResponderExcluir
  6. Eu admiro a consistência que há em seus poemas.

    Abraços

    ResponderExcluir