Cansei dos olhares
As alegrias já se foram
Tudo é efêmero
A começar pelas dores
Incisivas e pontuais
Nem sei por onde sofro
Entranhas ou coração
As felicidades que passam
O corpo que permanece
O peso constante
O olhar inerte
Pela janela crescem
As melancolias de outra estação
Logo escorrem pelo rosto
Se não puderem regar as flores
Ao menos escondam todo resto
Suspiro junto as manhãs
Também cansadas das promessas
No mínimo foi a esperança
Que deixou a porta aberta
Mas o que há lá fora
Que já não tenha me tomado por dentro.
Ass: Danilo Mendonça Martinho
Muito profundo, parabéns.
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