Garoinha fina que não enche represa
Prédios acinzentados que tem coração
Cidade da multidão vazia
Sinto que chora sem colo que te acolha
É mais frio dentro do que fora
O asfalto cobre mas não esquenta
A cortina branca abre e o Sol é fraco
As pessoas te ignoram
Você vela solitária tuas tragédias
A natureza entende o que o humano falha
E no fundo da madrugada gelada
O corpo tem uma ideia, mas não a alma
Se desfazerá em migalhas de concreto
Enxurradas espalharão os seus lixos
Fumaça entupirá suas veias
Enfartaremos em algum horário de pico
Ass: Danilo Mendonça Martinho
É Danilo, infelizmente o homem, em sua 'natureza humana', esqueceu dos cuidados com o mundo. Hoje, só garoa num sol desértico.
ResponderExcluirAdmirável o seu poema!!
Beijos
Acho que estamos fadados a viver desse jeito e a morrer desse jeito, também.
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