quarta-feira, 13 de novembro de 2013

“Depois das Estrelas” (30/10/2013)

Nos jogos de sombras da madrugada ficamos a completar os espaços vazios e fugir dos nossos medos mais sinceros. Daqui tudo nasce, de cada penumbra e cada esquina um horizonte aparece por mais que as vezes nos pareça improvável. E eu que acordei meu corpo aguardo para também levantar minha alma. Ninguém nunca está só, mas por mais conhecidos que sejam os rostos eles são paisagem. A véspera da manhã é sempre a hora mais fria. Contra todo o bom senso é no meio de toda escuridão que a gente se encontra. A chuva que cai no chão quase sem vontade é a única coisa que quebra o silêncio da espera, logo a gente repara nas folhas levadas pelo vento e em um suspiro longo e profundo traz para dentro um pedaço da natureza. Sinto o gosto da estação e relembro como se fosse agora todas sensações que me esperam. As pessoas definitivamente mudam, o mundo talvez mude, mas a essência permanece. Não há segredo que é esse princípio conquistado há muito tempo que me desperta todo dia. É o que chamo de vida. 

Ass: Danilo Mendonça Martinho

2 comentários:

  1. Que bonito esse post do inicio ao fim.
    A vida vista desse jeito torna tudo mais possível, vou levar uma pouco dessa tua leveza comigo.

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  2. Descrição perfeita do que é!

    Linda vida amigo.

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