quarta-feira, 8 de maio de 2013

“Travesseiro de Pedra”

No calor o concreto esquenta que nem fogo
No frio parece um grande bloco de gelo
Em que temperatura fica a alma
Que por hora descansa o corpo sobre ele?
Já quase arde o Sol do meio-dia
Sei que o redor não lhe passa despercebido
Mas sua presença é alheia a realidade
A cama em meio a ladeira traz silêncio
Aqui não se divide a miséria
Nem com o gesto, nem com a palavra
Subimos como quem tem fome e sede
Subimos porque podemos saciá-las
E aquele sem nome fica com o frio do nosso olhar
A sociedade só nos cobra indignação
Ele é apenas resto da conta que não fecha
Somos todos denominadores desta equação
O mendigo na rua de casa...
É nosso resultado

Ass: Danilo Mendonça Martinho

4 comentários:

  1. Falta-nos idealismo...falta-nos uma causa nobre, cada um está correndo para saciar sua vontade, mas se esquecem de uma vontade comum...por isso o mendigo, por isso deixamos a margem seres humanos , sem dignidade, sem calor humano.

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  2. O poeta sente a angústia e explode em letras.

    Aprecio muito essa linha.

    Abraços poeta!

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