quarta-feira, 15 de maio de 2013

“Pazes”

Hoje posso perdoar
Entendo que foi tudo passagem
O olhar que chamei de Amor
Ora foi reflexo, ora foi vazio
Aprendeu a ser passado
Eu cresci ao seguir em frente
Na época um passo na solidão
Agora já é um entre tantos
Todos me levaram ao encontro

A dor é um bom termômetro
Não há como evitar o choro
Restará sim o rancor do que não foi
Só a alma completa nos liberta
Não hesite em se magoar
O mundo inteiro pode ser doce
Apenas seguimos a provar

Tudo cai em desuso
Até mesmo a melancolia
Coração que encontra companhia
Não sabe mais voltar atrás
A palavra do amante
Não tem crédito com os solitários
Mas não lhes desejo meu hoje
Quero sim que tenham um amanhã

Hoje também me perdôo
Amar nunca foi demais
Abrir o peito nunca foi em vão
Sei que fui seco, fui duro
Em desespero abracei um coração
Só que sentir não se constrói
O que precisamos é de um depois

Ass: Danilo Mendonça Martinho

4 comentários:

  1. Boa noite!
    parabens pelo maravilhoso trabalho.
    Sinval

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  2. Hoje me identifiquei com seu poema, amar nunca é demais...apesar de, muitas vezes, nos sairmos machucados de uma relação...mas o tempo fortalece nossos corações...com o tempo corações criam calo...

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  3. Ao nos encararmos, ela nos abraça, e nela, ficamos bem.

    Ótimo fds Danilo!

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  4. Este poeta sabe das coisas! : )

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