segunda-feira, 23 de abril de 2012

“As Marcas” (19/04/2012)

Quando só sobrarem meus pés para partir
Terei aberto mão de todo sonho
Deixarei para trás partes que não descobri
Não terei guardado um desejo para depois
Direi que esgotou-se o sentimento
Mas sem motivos do que me tomou partido
A felicidade sempre conta com o amanhã
Terei abandonado a ela também
Serei apenas eu descalço contra as pedras da estrada
O resto de mim estará em outrem
Corpos que abrigaram abraços
No fundo de almas, totalmente perdido
Inexistente da realidade que me cerca
Caminharei demais até outro que me faça vivo
Nada é longe quando desfeito de destino
Reconstruirei a ideia de mim
Aos moldes de algum paradoxo
Desaparecerei, irreconhecível aos pares
Forjarei o fim de tudo
Depois de se sentir pleno
É a única forma de se sentir livre novamente
Eu prometo jamais olhar para trás
Não serei leviano de deixar esperanças
Agora, tudo que amei, jamais irá partir

Ass: Danilo Mendonça Martinho

6 comentários:

  1. Muito bonito.
    Um tantinho triste, mas muito bonito.

    Abraço,
    >>Palavras e Silêncio

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  2. Escrever é um sonho que o poeta insiste por reter o tempo.

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  3. "Agora, tudo que amei, jamais irá partir"...Acho que uma das nossas maiores tristezas é ver partir o que a gente ama...mas não sei se temos o controle sobre isso, meu amigo!!!Beijos

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  4. As marcas permanecem, que fiquem as boas.

    Abraços Poeta!

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  5. Lindas e suaves marcas que ficam para sempre dentro do coração, querido poeta...

    Belíssimos versos!

    Um beijo admirado e carinhoso!!

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  6. bonitas palavras, embora o texto seja triste.

    Parabéns.

    Continue!

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