A vida é um encontro insensato. Somos tantos, perenes, distraídos, algumas vezes desesperados. Temos diversas línguas e outras tantas linguagens. Almas que carregam imensidões de sentido e um pulsar único que dá ritmo ao passo. O encontro é exatamente quando tudo desacelera, quando finalmente há um chão debaixo dos teus pés, e o tempo vira um pouco mais nosso. Eis então toda nossa improbabilidade, nossa fórmula sem resultado, a soma mais complexa da humanidade. Como juntar dois?
Foi quando a vida me acordou envolvido em um abraço, inebriado pela essência na minha pele. Ao olhar para trás é impossível determinar um quando, é como se o agora tivesse sempre existido. Poderia dar outras voltas no mundo e não voltaria aqui. Tem dias que são brechas inteiras de um universo onde com sorte podemos levar. Assim, contra todas as chances, nos encontramos, e encontrar a vida é raro.
Ass: Danilo Mendonça Martinho
"O encontro é exatamente quando tudo desacelera", sim, sim. Mas, tem vezes, é tudo tão mais urgente e desesperador... =/
ResponderExcluirEncontro é a possibilidade de nos vermos refletidos de alguma forma no outro.
ResponderExcluirA vida é um tempo chuvoso, com relances de sol.
ResponderExcluirTorna-se necessário estar atento, pois estes relances duram bem pouco.
Bjs
O quanto é possível criar no improvável que ousamos dizer.
ResponderExcluirA vida é o que nos pertence quando respeitamos a sua autonomia. Não tem jeito é ela quem determina. Seguimos nela, nas suas vias e atalhos, sem saber ao certo para onde estamos seguindo. E ainda assim seguimos. Mas só a encontramos quando realmente diminuímos o passo.
ResponderExcluirPoeta, lindo, lindo esse "Ensaio sobre o Improvável". De uma delicadeza...
Beijos para o poeta que vê a vida tecendo os seus fios, bem do alto da sua colina.
Muito obrigada pelos seus comentários nos meus posts , eles realmente me fazem refletir.Meus textos são mais um desabafo pessoal e me sinto melhor com as tuas dicas, Obrigada.
ResponderExcluirÉ improvável, mas completamente necessário e dadivoso.
ResponderExcluirLindas palavras, lindo presente, poeta!
Beijos!!