segunda-feira, 14 de novembro de 2011

“Anulação” (09/11/2011)

Andamos de mãos dadas
Beijos na fila do cinema
Jantar aos sábados
Abraços fortes e comuns
Olhares com brilho exclusivo
Um verso virou rotina
O romance sempre amanhecendo
O encontro quase um dever
Os presentes não são mais surpresa.
O que uniu diluiu-se
Temos um anel de compromisso
Um retrato na cabeceira
Uma comodidade incômoda
Saciamos efêmeros desejos
Sentimos por definição
A presença virou costume
Perdemos um pouco a cor
Nos confundimos com a paisagem
O amor nos tornou comuns.

Ass: Danilo Mendonça Martinho

10 comentários:

  1. Amigo, eu penso que se nos tornamos comuns , o amor acabou..e aí, sim,nos confundimos com a paisagem...penso que é o amor que nos diferencia...em sentido geral...Se somos atendidos, por exemplo, por alguém que ama o seu trabalho, somos atendidos com diferença...e assim também as relações...o amor nos torna maiores do que somos...(pense nisso)
    Beijos,
    Luana Barcelos

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  2. 'O amor nos tornou comum'
    Nossa que frase triste, pesada.

    Tantas vezes o amor rima com dor, infelizmente.

    Bjs.

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  3. O amor quando acaba nos manda sinais que, muitas vezes, ignoramos. Não precisamos ser comuns, merecermos ser especiais.

    Belo post, amigo poeta!

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  4. É preciso sempre tentar descobrir o incomum das coisas, se não desbota.

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  5. "Um verso virou rotina"
    Essa é uma captura perfeita das palavras! Parabéns pelo blog!

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  6. A rotina obnubila o brilho nos olhos, resseca a boca, e, encobre os desejos que jamais serão revelados se não houver no meio disso tudo um leve toque de ousadia.

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  7. "Um verso virou rotina"

    Essa é minha rotina agora.
    Embriago-me nos meus versos.
    É sonho.
    É quando eu fico cega, que eu enxergo.

    beijo*

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  8. Não acredito no comum dentro do amor... Para mim, amar é sempre novidade, ainda que seja mais do mesmo!

    Tão confuso quanto é a sentimentalidade aqui dentro...

    Beijos!!

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  9. E chega a doer ler o último verso. Verdade em doses.

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  10. Quando vira mais do mesmo, já estava a desvanecer sem vermos.

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