quinta-feira, 11 de agosto de 2011

“Sob medida” (27/07/2011)


A solidão me veste
Quando as portas fecham
Quando o dia amanhece
Quando a noite cai
O suspiro marca o silêncio
O infinito invade os olhos
O mundo vira apenas possível
A vida conforta
O passo já não pesa
Longe de pressões sociais
Perto do que sinto
Sou apenas um pulso
A mesa já foi preenchida
O convite ficou aquém
Meu vazio tem outro gosto
Encontro com nostalgia
Boa parte da vida está dentro
Não me julgue se me afasto
Não perturbe se me calo
Nem tudo que me serve, completa
Fico sem o brinde
Hesito nos abraços
Guardo minhas palavras
Prefiro o som dos meus passos
A esse caminhar sem ritmo

Ass: Danilo Mendonça Martinho

8 comentários:

  1. viver neste teu poetar é entrar na tua emoção e sentir que a os pensamentos qdo escritos valem muito mais que palavras, são sentimentos, emoções, saudades...
    " infinito invade os olhos
    O mundo vira apenas possível"

    lindo...

    beijinhos e uma linda noite

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  2. Em nossos passos sempre cabe mais uma medida de vida.

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  3. Que bom que se mantém forte e que a solidão não te venceu. Afinal, "a vida conforta", como você mesmo disse.

    Beijos, querido. Au revoir.

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  4. Medida exata às vezes insuficiente para preencher.

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  5. Na reaproximação deste seu sentir, poeta, trouxe um caminho que queremos acontecer em seu ritmo a contemplar. Lindamente escrito, sempre.

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  6. "Não me julgue se me afasto
    Não perturbe se me calo
    Nem tudo que me serve, completa"

    Nada completa a infinitude da alma...
    Ninguém melhor do que o poeta para saber disso.
    Como disse Ferreira Gullar, "a arte existe porque a vida não basta."


    Poeta, gostei muito do seu blog e de sua maneira de dizer as coisas.
    Convido-o a conhecer o meu e saborear um chocolate quente comigo.
    Beijokas.
    Seguindo...

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  7. A vezes nos vestimos de solidão, apenas enquanto as alegrias não voltam do ajuste.

    Abraços

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