quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

“Casa Vazia”




Vou parecer incoerente
Uma loucura permanente
Que me acomete nas tristezas
Mas, por favor, me entenda
Quando venho a dizer
Que são teus sorrisos
Que me trazem a solidão
São os inúmeros abraços
Que me lembram o vazio
São os olhos enamorados no metro
Os telefonemas no fim de tarde
Os carinhos a flor da pele
A certeza de pertencer ao próximo
Praticamente tudo que me cerca
Por mais lindo que seja
É o que mais me entristece
Amargura meus pensamentos
E me deixa só, incrivelmente só

Eu sei meu bom Deus
Que nada pretende com isso
A vida não é assim proposital
Mas a primavera está por acabar
E será mais uma que vai passar
Vão-se diante meus olhos os casais
E minha flor morre sem par
A casa vazia machuca demais

Ass: Danilo Mendonça Martinho

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