segunda-feira, 24 de julho de 2017

“Dia de frio” (01/06/2017)

Eu queria voltar para cama e deixar a vida passar bem devagarinho. Não que minha alma não esteja ansiosa para seguir em frente, para que o tempo necessário finalmente passe e as coisas aconteçam. É que os deveres que se acumulam em meus pés não tem muito gosto e realizá-los sem ver o porquê os torna em fardos. É tudo um processo de fé. Daquilo que somos, daquilo que queremos, do que acreditamos. Eu não acho que sonhamos com o impossível. Sonhamos proporcionalmente a força de nossa alma. O que martela na nossa cabeça é esse potencial, as conquistas dentro do nosso alcance. Então talvez se ficar um tempo suficiente debaixo desse cobertor, deixando o frio soprar pela janela e a garoa escorrer sem pressa pelo vidro; Talvez eu possa fechar os olhos bem forte e enxergar como se fosse agora a felicidade que desejo, e talvez sentindo o que ainda não existe, saboreando essa realidade sublime, eu teria a força para não voltar mais para essa cama. 

Ass: Danilo Mendonça Martinho

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