Comecei meu discurso
Palavra por palavra
Desfilaram pelo âmago
Caminhavam para o abismo
Sem certeza de uma volta
Despediam-se cordialmente
Levavam suas dores na bagagem
Mas deixaram lembranças
Como quem planta rosas
Viverei com os espinhos
Na completa ausência
Fui embargando a voz
Descobri tarde demais
Que me faltava significado
Até mesmo pro amor
Calei meu último verso
Procurei por um olhar
Todos mergulhados em expectativas
Mas nenhuma reciprocidade
A solidão não pedia palavra
Assim deixei o palco
Sem vaia e sem aplauso
Sem verso e sem rima
Respeitei o silêncio
Do que já não sentia
Ass: Danilo Mendonça Martinho
Já caminhei muito pelo abismo, sem a certeza de uma volta! Adorei. Danilo, como sempre me surpreendendo e trazendo lembranças, rs. Abraço.
ResponderExcluirDeixar o palco quando o real significado do amor some é a melhor alternativa. Quem sabe não a mais prudente, talvez, nem mesmo a correta. Mas é o que sabemos fazer... apenas o que sabemos!
ResponderExcluirQuantas vezes já deixei o palco de cabeça baixa, sem coragem de olhar pra trás.
ResponderExcluirGostei da reflexão.
Se cuida!
Bjs
O verdadeiro teatro da vida...
ResponderExcluirÀs vezes o palco não faz sentido!!
Beijos, meu querido!!!^^
Amei teu blog gostei tanto que resolvi ficar to te seguindo bjos;* bom carnaval.
ResponderExcluirAh, voltarei sempre por aqui!
ResponderExcluirLinda reflexão. E sua escrita é muito bonita...
ResponderExcluirBeijos
O silêncio, por vezes, é a melhor alternativa. Senão uma saída, para não se deixar afogar por aqueles versos que já deveriam jazer no fundo de uma garrafa lançada ao mar.
ResponderExcluirentre o :-) e o :-|
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