sexta-feira, 30 de julho de 2010
“Na última instância do dia” (10/07/2010)
Há uma fresta na janela
Por onde desliza a luz da lua
Abre suavemente meus olhos
Mostra-me uma estrela
Há uma fresta de vida
Nas folhas secas das árvores
No colorido céu poluído
Que me provoca o sorriso
Há um verso de poesia
Escondido na névoa densa
Sussurrando pelos meus lábios
Perdendo-se na escuridão
Há uma silenciosa verdade
Escapando pelas grades
Cansada de minha negligência
Deixou-me com a ilusão
Há um resquício de lembrança
A cada lento suspiro
Revelando mais eminentemente
Um outro dia se esgotando
Há um último minuto
Vazio de possibilidades
Resta-me apenas uma escolha
Abdicar-te
Ass: Danilo Mendonça Martinho
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