domingo, 22 de novembro de 2009

“Flores de Plástico” (18/11/2009)




De que me adianta uma flor que parece?
Belas pétalas de plástico
Que não me trarão suas alegrias
Que não se flagelarão com tristezas
Que não escutarão meus segredos
Uma terra sem vida
Sem amor para receber
Que rejeitará as chuvas
Que será indiferente aos sóis
Uma bela peça de arte
Vazia de todos os propósitos
Eterna e sem vida

Preferiria mil vezes que morresse
Que me apontasse meu descaso
Que pedisse minha atenção
Que precisasse de minha presença
Suas folhas mudando de cor
E tuas pétalas abrochando no verão
Mas como cuidar de você assim?
Invariável e irredutível
Permanentemente linda e feliz

Sinto dizer, mas não posso
Como é terrível e cruel
Que não lhe existam versos
Mas como lhe poderei ser fiel?
Se sei que virei a chorar
E quando lhe odiar
Não poderei pedir desculpas
Prefiro sangrar com os espinhos
Mas poder...se necessário
Arrancar tudo pela raiz.

Ass: Danilo Mendonça Martinho

2 comentários:

  1. Caro Poeta da Colina,
    meu mais recente post tem algo de familiar com o seu. Favor verificar a coincidência divertida.
    Grata
    Assimétrica - sempre!

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  2. Que me seja amarga, mesmo que queira o doce, mas que seja!

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