quinta-feira, 29 de outubro de 2009
“Silenciei diante o medo”(26/06/2007)
Essas palavras não são minhas
Não te disse nada nos dias
Tenho certeza dos meus silêncios
Tenho dúvida ao que diz ser meu
Na verdade essa conversa não existe
Eu nunca estive por perto
Eu não te liguei em nenhuma tarde fria
Tomo por certo todas minhas ausências
Tomo por dúbia minha presença além daqui
Mas não, realmente não estou, não estive
Não lhe encontrei em nem um banco de praça
Não te acenei do outro lado da rua
Acredito na minha alienação a tua vida
Fico incerto quanto ao conhecimento da minha
Não pertenço ao meu próprio instante
As minhas próprias palavras e escrita
Não pertenço ao mundo que crio
Esqueço-te na realidade
Não te reconheço nos meus sonhos
Protejo-me onde não existo
Mas você me seguiu até aqui
Não posso nem negar-te
Tu és realidade mesmo onde não há
E este é o momento o qual não escapo
Com a palavra que me dá, calar-me.
Ass: Danilo Mendonça Martinho
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